Na tarde da ultima quarta-feira (24), o presidente da Federação Cearense de Futebol, Mauro Carmélio, e diretores da instituição participaram da Audiência Pública para liberação da venda de bebida alcoólica nas praças esportivas cearenses, realizada na Assembleia Legislativa do Estado do Ceará.

Comandada pelo presidente da Comissão de Cultura e Esporte da AL-CE, Deputado Gony Arruda, e pelo líder do Governo na Assembleia, Deputado Evandro Leitão, a reunião contou com a presença de representantes de vários clubes cearenses, entre eles Ceará, Ferroviário e Fortaleza, além de membros da Arena Castelão, do estádio Presidente Vargas, da Polícia Militar, da Ordem dos Advogados do Ceará e do Ministério Público.

O Deputado Evandro Leitão, um dos principais defensores da legalização da venda de bebidas alcoólicas nas praças esportivas do nosso estado, relatou sobre a desigualdade entre o futebol e outros eventos esportivos. “Eu falo isso não por ser amante do futebol, mas também por conhecer a realidade do esporte e das praças esportivas do estado do Ceará. É um absurdo persistir com essa proibição. Em outros esportes existe a venda de bebida alcoólica, inclusive em eventos de luta (MMA), mas no futebol não pode! Nós temos uma excelente oportunidade para um esporte que é entretenimento e que ajuda e socializar pessoas, e além de ajudar o futebol, essa Lei vai fomentar a nossa economia, atraindo os micros e pequenos empresários”.

O presidente da FCF Mauro Carmélio, no uso de sua palavra, lamentou a atual situação do futebol cearense e acredita que, com a permissão da venda de bebidas alcoólicas nos estádios, esse quadro pode mudar para melhor: “Além de lidar com uma crise financeira, o nosso futebol ainda tem que sofrer com a evasão dos torcedores nos estádios, que preferem ficar na frente da TV, assistindo a uma partida de futebol europeu e bebendo sua cerveja, a ir acompanhar o seu time do coração no estádio, só porque lá, na praça esportiva, não é permitida a venda de bebida alcoólica. Essa situação já foi mudada em estados como Pernambuco, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte. Então, por que não mudar aqui também?”.

Kérlya Chaves
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