Créditos: Lucas Figueiredo/ CBF
O futebol brasileiro viveu um dia histórico nesta quarta-feira (24). Na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), a CBF realizou a primeira edição do Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, evento inédito para fomentar o debate e marcar um novo momento na batalha contra o preconceito no futebol brasileiro.
O Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol é uma iniciativa da CBF com apoio da FIFA e da CONMEBOL. As duas entidades estiveram presentes para acompanhar o evento. A FIFA esteve representada por Pavel Klymenko, assessor de Diversidade e Anti-Discriminação, Andrey Reis, líder de Planejamento e Operações de Segurança, que dissertou sobre Melhores Práticas Internacionais de Combate à Discriminação e Promoção da Diversidade e Alejandro Domínguez, Presidente da CONMEBOL.
"O fato deste seminário estar acontecendo é um sinal encorajador. Da mesma maneira, aplaudo a decisão de trazer palestrantes da Europa e também do Brasil, para que se possa aprender com as experiências de outras regiões do mundo. A CONMEBOL agiu corretamente ao introduzir multas mais severas. Mas agora devemos procurar soluções mais abrangentes. E a FIFA está aqui para oferecer todo seu apoio", declarou Gianni Infantino.
Ednaldo Rodrigues, Presidente da CBF e idealizador do evento. Primeiro negro a ocupar o cargo mais alto na gestão do futebol brasileiro, reforçou que o intuito do Seminário é mostrar que não há espaço para o racismo no futebol e na sociedade.
"Fiz questão de realizar esse evento aqui na sede da CBF para mostrar ao mundo do futebol e aos preconceituosos que ainda frequentam os estádios do país e do mundo que estamos lutando para bani-los. Sabemos que a realidade é dura. Mas estamos aqui para mudar", disse o Presidente da CBF.
O dirigente apresentou uma ideia que pretende levar adiante: a punição desportiva pelos casos de racismo. Ednaldo Rodrigues afirmou que levará ao próximo Conselho Técnico do Brasileirão Assaí, em 2023, a proposta de perda de pontos por episódios de racismo durante a disputa do campeonato.
Fonte: CBF
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